Dor no segundo, terceiro e quarto metatarsos? Saiba o que pode ser

Primeiramente, temos cinco ossos longos denominados metatarsos em cada um de nossos pés., sendo 10 no total, os metatarsos se articulam com as falanges na região do antepé, e com o tarso na região do mediopé.

A união do segundo, terceiro e quarto metatarsos formam uma região do pé comumente acometida por uma patologia denominada Neuroma de Morton. Entretanto, outros fatores associados e isolados podem ser capaz de acometer essa região, bem como fraturas por trauma, fraturas por stress, lesões ligamentares e artrose.

Causas

Há terminações nervosas nessa região dos pés, os nervos enviam sinais de dor ao cérebro e a dor nesta área pode ser causada por alguns dos seguintes fatores:

  • O desgaste excessivo, como na prática de exercícios físicos sem orientação;
  • Fraturas por stress devido a sobrecarga (mais comum em atletas e militares);
  • Artroses (mais comum em adultos mais velhos e idosos);
  • Traumas;
  • Neuromas.

Sintomas

  • Dor local;
  • Formigamento ou redução da sensibilidade ao tato;
  • Instabilidade articular com sensação do deslocamento do osso conforme caminhada ou corrida;
  • Sensação de estar pisando em uma bola ou caroço;
  • Rigidez articular no caso de artrose em situações mais crônicas.

Principais patologias causadoras desses sintomas

Neuroma de Morton

O Neuroma de Morton é causado na sua grande maioria, pela compressão mecânica dos ramos digitais dos nervos plantares (ramos que inervam a planta dos pés), caracterizando-se, sobretudo, uma lesão com formação de fibrose na periferia do nervo.

Esta lesão é prevalente no terceiro espaço digital, já que é o local mais frequente da junção do ramos lateral e medial dos nervos digitais plantares, os quais espessados, ficam comprimidos dentro do terceiro espaço digital, exacerbados pela maior mobilidade do quarto metatarso em relação ao terceiro, o que provoca microtraumas por repetição.

Artrose

Acima vemos uma representação esquemática da artrose acometendo o joelho, entretanto, a mesma coisa acontece com os pés. Os quatro sinais básicos da artrose observados na radiografia são: redução do espaço articular; esclerose subcondral; osteófitos marginais; cistos ou geodos. A artrose, também chamada de osteoartrose trata-se de um fenômeno que faz parte do envelhecimento global do organismo humano.

Portanto, ocorre quando há o desgaste das estruturas que evitam o contato ósseo em nossas articulações (a cartilagem), piorando ao longo do tempo caso não seja tratada e acompanhada por fisioterapeutas e médicos, sendo o sintoma mais comum: dor articular.

Fraturas por estresse

A princípio, as fraturas por stress desenvolvem-se quando um suporte de peso repetitivo excede a capacidade dos músculos e tendões de apoio absorverem o estresse e protegerem os ossos.

As fraturas por sobrecarga, portanto, podem envolver o osso da coxa, a pélvis ou a tíbia. Mais de metade das fraturas por sobrecarga envolve a parte inferior da perna, sendo assim, mais frequentemente os ossos da zona central do pé (metatarsos).

Contudo, esse tipo de fratura geralmente acomete mais as pessoas ativas como atletas, militares, bailarinos, etc. Com exercício, o começo da dor é progressivamente precoce, e a dor pode se tornar tão forte que proíbe o exercício e persiste mesmo quando o paciente não está sobre estresse mecânico conforme citado anteriormente.

Prevenção, tratamento e contraindicações

  • Evitar sapatos com salto alto;
  • Evitar sapatos de bico fino;
  • Diminuir sobrecargas nos antepés;
  • Usar tênis confortáveis, com cabedal anterior largo e flexibilidade moderada do solado;
  • Aplicação de gelo local para redução da inflamação;
  • Correção da pisada por meio de palmilhas confeccionadas com análise Baropodométrica.

Palmilhas posturais para uma Pisada Ideal

A partir do exame de Baropodometria, conseguimos coletar a metida precisa e correta dos pés, bem como picos de pressão durante a pisada e marcha, além da oscilação do corpo. O principal objetivo é produzir uma palmilha que se encaixe corretamente na sola dos pés e calçado. Através dessa coleta de informações, um Fisioterapeuta especializado irá produzir palmilhas posturais a fim de buscar a máxima eficiência do corpo, tratando a dor referida.

Dor no meio das costas? Saiba as causas e tratamento

A dor no meio das costas nem sempre é sintoma de uma doença. Entretanto, é um problema para muitas pessoas.

O “meio das costas”, a que nos referimos na verdade é denominado porção torácica da coluna vertebral, ou apenas coluna torácica, sendo, nesse sentido o segundo segmento da coluna vertebral.

Por ser a porção menos móvel de toda a coluna, a região torácica é a menos provável de sofrer herniações. Todavia, não é descartada essa possibilidade.

Portanto, a parte torácica é formada por 12 vértebras unidas por músculos, discos e ligamentos que são responsáveis pela formação do tronco, associado à outras estruturas do corpo.

Alguns fatores da causa desse problema podem ser:

  • O desgaste excessivo, como na prática de exercícios físicos sem orientação;
  • A permanência da posição sentada ou deitada por períodos prologados;
  • Dormir em uma posição desconfortável;
  • O uso de uma mochila mal ajustada ou muito pesada;
  • Escolioses;
  • Sedentarismo.

Sintomas

  • Dor no meio das costas, podendo irradiar para a periferia;
  • Rigidez Torácica;
  • Formigamento;
  • Dificuldades para respirar;
  • Queimações ou pontadas;

Muitas vezes, a dor nas costas pode ser confundida com uma dor que na verdade, é sintoma de um problema pulmonar ou até mesmo renal, e não na coluna. Portanto, é importante procurar um profissional qualificado fisioterapeuta ou médico caso os sintomas persistam.

Principais patologias causadoras da dor no meio das costas

Escoliose: É a alteração no posicionamento da coluna vertebral com variações combinadas nos três planos de movimento do tronco. Identifica-se pela mudança visual da postura, assim sendo: ombros elevados, bacia inclinada, dorso curvo.

Alterações de mordida: São observadas mudanças ou assimetrias na mastigação, bem como, no movimento da boca ao abrir e fechar. Muitas das vezes a retração muscular que liga a estrutura do pescoço e face à escápula pode ser um motivador desta alteração.

Alterações em órgãos e vísceras: O posicionamento do diafragma é fundamental no comportamento da coluna vertebral. Já que este, quando alterado, proporciona mudanças na disposição de órgãos como: o fígado, estômago, e rins. Além deste fator, outros podem ser citados, como: úlceras gástricas, distúrbios do trânsito intestinal, etc.

Modificações do movimento escapular: A escápula é fundamental para o movimento do membros superiores e seguimento alto da coluna vertebral. Mudanças no comportamento do movimento provocados por fraqueza e encurtamento muscular são determinantes nas alterações funcionais.

Prevenção, tratamento e contraindicações

Há alguns tipos de patologias que acometem a região torácica (dorsal). Portanto, o tratamento dependerá de alguns fatores:

  • O diagnóstico da dor;
  • A duração dos sintomas;
  • As atividades que causam dores e a forma como essas dores se apresentam;
  • Traumas;
  • Tipos de calçados;
  • Se há fatores musculares, neurais, ou articulares associados.

Essas informações são coletadas na anamnese e vão ajudar na intervenção, desse modo, um profissional especializado poderá traçar a conduta a ser realizada. No caso da Fisioterapia, são utilizados tratamentos como:

  • Palmilhas posturais;
  • Liberação miofascial;
  • Mobilização neural;
  • Osteopatia;
  • Quiropraxia;
  • Métodos Klapp; Mackenzie; Maitland; Mulligan;
  • Reeducação Postural Global (RPG);
  • Pilates;
  • Acupuntura.

É importante salientar, que carregar objetos pesados e/ou de forma assimétrica irão interferir diretamente na saúde de sua coluna. Além disso, alterações ergonômicas e posturais durante o trabalho, como: mal posicionamento do computador, braços sobre a mesa, e rotação do tronco podem contribuir para aumentar ou causar essas disfunções.

Palmilhas posturais Pisada Ideal no tratamento da dor

A partir do exame de Baropodometria, conseguimos coletar a metida precisa e correta dos pés, bem como picos de pressão durante a pisada e marcha, além da oscilação do corpo. O principal objetivo é produzir uma palmilha que se encaixe corretamente na sola dos pés e calçado. Através dessa coleta de informações, um Fisioterapeuta especializado irá produzir palmilhas posturais a fim de buscar a máxima eficiência do corpo, tratando a dor referida. As palmilhas posturais tratam não apenas as dores do pé e tornozelo, mas também do joelho, quadril e coluna.

É importante salientar que esse texto, bem como a sugestão de autotratamento não substituem um acompanhamento do fisioterapeuta e/ou do médico. Portanto, é de suma importância o acompanhamento de profissionais capacitados. Saiba mais clicando aqui.

Dez dicas ao comprar calçados para crianças

1. Verifique o ajuste dos calçados uma vez por mês.

Uma criança pode superar até três tamanhos em apenas 1 ano. Quando tirar os tênis depois de alguma prática esportiva, verifique se há marcas vermelhas nos pés. Marcas vermelhas nas pontas dos dedos dos pés, podem estar associadas a lesões nas unhas e apontam um sinal de que os tênis estão pequenos no comprimento. Já as marcas localizadas no dorso do pé e dedos podem representar pouca profundidade, e quando o interior ou a parte externa dos pés estão irritadas, os sapatos são muito estreitos.

2. O sapato deve ser cerca de 12 mm maior que o comprimento do pé.

Este espaço extra garante que os dedos tenham espaço suficiente na manutenção do conforto, além de prevenir más formações.

3. Ao comprar o calçado dê preferência para o final do dia.

Neste período os pés estão ligeiramente mais inchados, devido o comportamento vascular, prevenindo, assim, qualquer compressão.

4. Certifique-se que o calçado tem uma sola flexível.

Ao pressioná-lo no chão, simulando uma caminhada durante a impulsão a sola deve flexionar na junção dos metatarsos com os dedos. Evite comprar calçados que dobrem no segmento do mediopé (região do arco).

5. Tênis para prática não precisam ter um drop alto

Quanto menos tiver, mais estáveis e flexíveis serão. Como referência para compra, limite-se a 10mm de altura.

6. Um pouco de amortecimento da sola é útil na idade escolar combinado a prática esportiva.

Enquanto as crianças estão no jardim de infância o amortecimento é supérfluo, pois as forças pressóricas aplicadas aos pés são pequenas.

7. Uma ligeira queda do arco do pé é normal até os cinco anos.

Esta é uma fase normal durante o desenvolvimento da criança. Entretanto, proporcionar maior estabilidade ao tornozelo, bem como sua neutralidade na pisada podem ser estimuladas por meio de palmilhas. Verifique o ângulo formado entre o ponto mais alto de amarração em relação ao solo, sendo indicada uma formação de 45°.

8. Ventilação

Certifique-se de que há ventilação suficiente no material superior, já que os pés das crianças sofrem de grande sudorese.

9. Evite costuras internas

Tente palpar internamente o calçado na procura de qualquer imperfeição ou costuras salientes que possam lesionar a pele.

10. Bordas do calçado

As bordas dos sapatos devem ser bem acolchoadas e não podem permanecer sobre o tendão de Aquiles (estrutura anatômica que une a panturrilha ao calcanhar) ou no tornozelo.

Por Dr. José Lourenço

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